terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Apple Store

“Phil Schiller em 06/01/08 anunciou na Mac World em São Francisco que o iTunes já vendeu mais de 6 bilhões de canções nos últimos 6 anos. É o maior catálogo com mais de 10 milhões de músicas. Já são 75 milhões de contas e agora as músicas vão ter novos preços. Em três diferentes faixas. Vai existir a faixa de 69 cents, a de 99 cents e a de US$ 1,29.”

“Também no site existe mais música livre de DRM (Digital Rights Management) disponível no iTunes. Eles falam de 8 milhões de músicas sem DRM e mais de 2 milhões vão ser liberadas no último trimestre. Se você tem alguma música baixada você poderá ir até o catálogo e liberar a música de DRM.”

E o que essa notícia tem a ver com esse Blog?

Enquanto a indústria fonográfica vem reclamando das perdas causadas pela pirataria a Apple viabilizou um modelo de negócios novo. Esse modelo de comercialização de músicas on-line não é novo, mas foi a Apple que brigou para torná-lo um sucesso obtendo de todas as gravadoras, acordos que viabilizassem a comercialização de músicas em um único site a baixo custo. Infelizmente o Brasil continua de fora.

A maioria das músicas continha o mal fadado DRM, que faz com que a música baixada para uma pessoa não possa ser copiada para outra e tocada em outro iPod ou qualquer produto sem DRM. Pois é, eles vão retirar o DRM de todas as músicas que estão no iTunes.

A maioria esmagadora das pessoas que tem um iPod/iPhone e usam a Apple Store tem também um computador para baixar as músicas e gravá-las no seu aparelho. Essas pessoas têm o potencial para baixar suas músicas diretamente da Internet usando qualquer software P2P de graça. Mas elas escolhem baixar PAGANDO por elas! São 75 milhões de usuários. Para piorar até agora as músicas continham quase sempre uma proteção contra cópias o que era uma chateação para os usuários.

Ainda assim a Apple vendeu 6 bilhões de canções, o que deve dar um faturamento de aproximadamente 6 bilhões de dólares considerando que cada música era vendida a $0,99.

Por quê?

Conveniência. Facilidade de acesso, organização, imagens das capas, qualidade de áudios incrivelmente superiores aos encontrados na internet. Baixar músicas via P2P pode ser uma chatice. A informação da música vem errada, faltando, pessoas colocam músicas falsas, álbuns incompletos, baixa qualidade e outros problemas. Esses recursos são essenciais para usar a interface do iPod em que se pode escolher a música passando o dedo na tela e “folheando” as capas dos discos. No iPod pode-se também ouvir músicas por gênero, artista, ano, classificação, etc. Mas se essas informações estão faltando, erradas e incompletas o recurso se torna inútil. É muito mais conveniente pegar a música na Apple Store, sem dor de cabeça, sem problemas, rápido simples e fácil.

Fica claro que se as gravadoras alterarem a sua postura (já estão mudando) e a legislação mudar os artistas vão receber o dinheiro pelo seu trabalho mesmo com a pirataria sem essa necessidade de criminalizar o usuário.

É óbvio que vender discos em lojas é uma atividade em extinção independente da pirataria por que faz muito mais sentido distribuir música digitalmente, mas é o preço da evolução tecnológica. Ou você acha que deveriam acabar com os celulares para que as pessoas voltassem a usar os orelhões?

Nix

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